2012/06/05

sobrancelhas teias onde caio e quando chego, que mundo lindo, que passeio pinta no canto da bocca à luz de velas brilham pra mim é pacífico e magnífico somos eu e você assim

VELAS

À luz de velas conversas que enlouquecem que embriagam e que prevalecem estamos navegando neste oceano da vida estou com a minha vela erguida.

2012/03/14

sobre o que varia e não

variam ideias
etnias
dos times, camisas

varia o clima
o frescor
a brisa
cai a chuva

varia o tempo
mas nosso momento
é constante

os carros passam
as horas.
Prevalecemos a todo instante.

2012/02/22

ela andava e parou


eu vi
com estes dois
e com todos olhos que tenho
eu vi
com a verdade
sentimento
e pele, eu vi
uma estrela
uma linha por onde se ia
verificação total
eu vi
uma estrela que ia pelo caminho
que eu via

E que pra ninguém concebi.

2012/02/12

Elegância

- Você mora no meu coração, disse ela.
- E no meu você anda de salto alto.

(admirações, beijos, suspiros)

- Quero dizer, no meu você desfila, ele ratifica.

Pacífico

simples como a brisa
e pela segunda vez
confirmo: simples e normal.

Águas que seguem para o mar
dos oceanos
o Pacífico
colorífico

girassol, vejo um sol
calmaria
graus oculares
que na existência
me proporciona felizes
instâncias e vivências

2011/06/13

e-moções

Emoções são explicações da vida
são através delas que diferenciamos-nos do estático
que sente-se o sangue correr pelas veias
as lágrimas pelo rosto
o frio pela barriga
o tremor pelas pernas.

O "rei" Roberto Carlos já cantou que o importante foi ter vivido emoções, se chorou ou se sorriu. Concordo com a importância da emoção, de cada tipo, e penso, agora, que qualquer emoção possa caminhar para uma ascenção.

Emoção, que se traduz como forma de explicação, chega-me também como comprovação da efemeridade da vida: risos e prazeres; choros e dores. Daí a importância de viver o hoje, a emoção de cada minuto/hora/dia e ajustar a sintonia para proporcionar vibrações positivas às emoções que serão.

A alegria de dias ótimos que tenho vivido ameaçou a arrumar suas malas, quando o desespero e o medo começaram a figurar-se diante de mim: uma queda na praça, meu filho bate a cabeça. Sangue.
O mundo não só estremece, como a minha pressão baixa.
O desespero quer entrar e bate à janela. Não! Alguma coisa positiva há. Procuro pela saída.
Nessas horas, é preciso ser racional e ter calma. Hospital.
...
Cinco pontos. Foi tudo e graças a Deus, não foi mais nada. Foi um susto, foi uma emoção que não me descontrolou, por pouco, mas que me mostrou o quanto a efemeridade nos é presente.
Meu filho começou ideia, semente pequena dentro de mim. E ali, no hospital, eu comprei Ruffles, nessas máquinas de cappuccino, para a ideia que estava com sangue seco na cabeça. A ideia,que agora corre e fala, e cai na praça, ainda é efêmera, mesmo que tão viva diante de mim, é efemêra diante do universo e da eternidade.

A vida sempre é agora, contudo precisamos de direções.

Sempre há saída e principalmente formas de agradecer ao Universo, à Deus, pela nossa efemeridade, pelo nosso poder de sentir e de ser emoção.

Obrigada, Senhor!

2011/05/31

sondas 5

o som das 5 horas
da manhã ou da tarde
sempre sobressai ao das horas
anteriores

de manhã
no lugar do silêncio
o canto do galo
pneus sobre o asfalto
uns voltam e outros vão
ao trabalho

de tarde
o guarda apita na avenida
impacientes usam a bozina
na redação começa o refrão do tchau

a sinfonia muda de orquestra

jaquetas encontram braços
pais e filhos se abraçam
a noite entra em palco, maestra

2011/05/05

observação (13/04/11)

O assunto não é novo: Pintura dos prédios do IAPI. A foto da capa da Gazeta da Lagoinha (março 2011) sim: trouxe um olhar fotográfico menos banalizado do que o do convencional ângulo, dos prédios lado a lado. Com a foto de Juliano Barreto a Gazeta mostrou um prédio visto do interior do conjunto, na vertical. O jornal "O Tempo" compartilhou da ideia (que ótimo!) e trouxe na sua capa de hoje uma foto que dialoga com a da Gazeta... detalhe: o impresso da Lagoinha usa a gráfica d' O Tempo...


isto que é traição


Ultimamente nos tem chegado notícias de morte, afirmações de morte, mas elas não tem sido validadas pela imagem do corpo morto. A figura é dita como morta mas aparece fantasmagórica, a alimentar dúvidas sobre o seu real paradeiro... real... sobre o que é real, já dialoguei, nas aulas de filosofia, baseada em filósofos como Platão e Santo Agostinho, mas a conclusão não se deu por única... falar de realidade é complicado...

Foi com Michael Jackson, com a Elisa Samúdio ("dada" por morta aqui no Brasil, mas sem vestígio do corpo), é agora com o Osama...

Melhor, no episódio, foi a astúcia da equipe do Obama. Deixou o mundo curtir um pouquinho o encanto da Família Real, do casamento Real, que para a maioria do mundo é irreal, para dois dias depois voltar os holofotes ao grande feito, à honra vingada, ao seu trabalho, à realidade que destrói o inimigo. Osama Bin Laden, em pleno século XXI, era da informação e tecnologia, foi traído pela ausência de tecnologia...

(in letter)
(IMAGEM: REPRODUÇÃO)